quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Entre a enchente e o acidente

Oi, tudo bem?


Nossa, tem acontecido tanta coisa por aqui que eu nem sei por onde começar para te contar. Foram fortes emoções nos últimos dias por aqui e, contando isso e o cansaço da correria do trabalho, nem tenho tido tempo de sentar na frente do micro para escrever.


Bom, eu posso te garantir que na última semana eu tive uma leve noção do que significa o risco de perder alguém ou alguma coisa.


Primeiro, porque tivemos uma mega enchente na minha cidade - que não acontecia há décadas - e de repente, vi de perto vários conhecidos meus perderem seus pertences e quase perderem familiares. É muito diferente ver esse tipo de situação do lado da gente ao invés de ver pela tv. Passei pertinho dos lugares mais afetados no dia seguinte e pude ver a destruição que a água causou... nossa, é de arrepiar! Como mammy trabalha de um lado do rio e eu do outro, sabe quando você pensa assim "e se dá uma chuva dessas e a gente fica separada?! Como vou fazer para ir buscá-la se não tem nenhum lugar que dê pra passar por cima do rio?!". Nossa, foi estranho!


Além disso, como eu já tinha falado antes, eu resolvi dar um tempo com o nosso garoto por causa daquela brincadeirinha idiota que ele fez. O coitado se corroeu de culpa, né?! Levou flores no meu carro, fez várias declarações de amor por torpedos do celular e, finalmente, tivemos uma séria conversa na segunda-feira antes do feriado.


Fomos em um evento da igreja e ele quis, primeiramente, me entregar um presente que ele tinha comprado pra mim. Bom, isso depois de ficar indo e voltando, olhando de longe enquanto eu me divertia com as minhas amigas e amigos. Daí, conversamos seriamente como adultos e eu fui bem sincera: ou ele cresce e não banca o inseguro, ou sem chance da gente voltar um dia. Por enquanto, seríamos amigos.


E estava indo tudo bem porque ele parou de entupir meu celular de mensagens, não foi mais me ver no trabalho e me deu um tempo para esfriar a cabeça.


Mas, no dia seguinte após o feriado, ele estava andando de moto no horário do almoço quando parou em uma esquina.


E o carro que estava vindo atrás dele não parou.


Por Deus, esse garoto foi arremessado da moto que entrou embaixo do tal carro e virou sucata.


Por Deus, esse garoto caiu no asfalto e não estava vindo nenhum carro na hora para passar por cima dele.


Por Deus, esse garoto sofreu apenas arranhões pelo corpo e não quebrou nada.


Por Deus.


O susto foi grande.


Principalmente pra mim que recebi a notícia por torpedo de celular (e tenho um certo trauma disso porque recebi a notícia da morte de uma pessoa muito querida por MSN). Fiquei super preocupada, fui atrás de saber como ele estava, ver se estava precisando de alguma coisa.


Percebi que, apesar do pouco tempo que eu o conheço, aquele garoto já era muito importante pra mim. Apesar da infantilidade da brincadeira que ele fez comigo - e não vou tirar a culpa dele nunca por isso - achei que ele merecia uma segunda chance. Mas a segunda chance demorou para acontecer. E só depois de muita insistência dele (e muito charme meu porque eu tinha que dar um de difícil, certo?! Rsrsrsrs) e mais uma boa e longa conversa sobre limites e confiança.


E, agora, é esperar para que as coisas fluam naturalmente daqui pra frente.

8 comentários:

Karina disse...

Oi Nana!

Nossa que coisa, deve ser horrivel essa história de enchente. Aqui na minha cidade, tem quando enche muito o Tietê, mas não afeta ninguém. Pois só enche quando abre as comportas das represas antes da minha cidade. E dai a defesa civil é avisada antes e retira as pessoas dos lugares de risco. E fora q temos bastante rotas com pontes mais altas para fugir da enchente.

Quanto ao seu garoto. A lição foi ensinada a ele. E como vc disse: é esperar que as coisas fluam naturalmente.

Tudo que é demais sufoca, como tudo que é de menos, faz falta. Tem que ter na medida. Isso só encontra na convivencia.

Bjos

Linda sexta pra vc!

Cíntia Mara disse...

Menina, que sufoco! Em janeiro costuma dar enchente em BH, mas nunca aconteceu nada muito perto de mim, graças a Deus.
E tomara que dê tudo certo com o garoto ;)

Bjs

Carlos Medeiros disse...

Não me arrisco a pilotar moto. Um imprevisto, e o motoqueiro é quem dança.

Laís disse...

Nunca passei por nada de enchente e talz, mas deve ser uma coisa horrível! Vejo pela televisão algumas notícias e ai... mas só sentindo na pele mesmo para entender como você deve ter se sentido.

Quanto ao garoto, coitado dele! MAs fico feliz que você tenha dado a ele uma segunda chance e que esteja tudo bem com ele.

Beijos ;*

Mirys Segalla disse...

Ai, ai, ai... como dizia uma sábia amiga minha "momentos de crise NÃO foram feitos para tomadas de decisão".

Mas, se vocês dois estiverem felizes, tô feliz por vocês também!!!

Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com

Tetê disse...

Oi querida! Nossa... fiquei até sem fôlego lendo seu post! Graças a Deus está tudo bem! Ainda estou sem computador em casa... que saudades... e que sufoco, ver os comentários e não poder retribuir! Estava usando o PC da vizinha que ainda é um XP, lento de dar dó. Agora abriu uma lan house aqui perto de casa e já me cadastrei! Obrigada por sua visita! Um abençoada Advento para vocês! Bjks Tetê

Luma Rosa disse...

Já sofri acidente com moto e precisou disso para tomar consciência de quanto é perigoso esse veículo. Foi por Deus que seu amigo sobreviveu, porque em geral os acidentes com moto envolvendo carros são fatais. Olhando para o lado positivo, esse evento serviu para amolecer o seu coração ;) Quem sabe agora essa segunda chance resulte em grandes momentos?
Do jeito que está ocorrendo enchentes, teremos que sair com barquinhos infláveis de casa :D
Boa semana! Beijus,

neyara disse...

Nossa! Seus dias andam tensos bem tensos, mas por sorte todos estão bem e vivos. Espero que agora seu relacionamento de certo, apesar de não saber o que aconteceu, espero que seja feliz, com ou sem ele ;D
Beijo