terça-feira, 21 de junho de 2016

Pausa

Pausa... preciso de uma pausa... para voltar para o meu lugar... para me achar... para consertar minha vida...

Tem dias que acordo assim... minha vida parece estar em stand-by. Acabei de ver uma menina que estudava comigo... posso usar um termo bem preconceituoso? Burra, burra, burra igual uma porta... fazia jus ao esteriótipo de loira burra. Ela estava saindo da porta da escola onde pappy trabalha com seus filhos... entrando em uma baita perua Mitsubishi, toda chicosa... e eu andando com meu Toddy, 1995.

Bem que a bíblia diz que o mundo jaz no maligno. As coisas nessa Terra não tem lógica. Vi esses dias uma matéria falando que mais de 100 mortes por frio já foram registradas esse ano. E ninguém faz nada? Eu tento fazer minha parte, sempre que dá eu ajudo alguma instituição, o pessoal que leva sopa na rua... mas daí eu vejo que a prefeitura da minha cidade - com tanto prédio público abandonado - colocou o pessoal da rua para dormir no ginásio da cidade. E se as igrejas - todas, porque aqui na minha cidade só tem um salão paroquial fazendo isso - abrirem seus templos para dar abrigo, e de quebra pregar a palavra?! 

Eu ando muito amarga, deve ser esse meu problema. Eu acho que minha vida está sem função no mundo. Eu não estou fazendo nada de útil para mim, nem para o próximo. Eu não tenho cuidado da minha saúde... ando com muita preguiça de levantar de manhã para fazer qualquer tipo de exercício... por isso, estou engordando, engordando, engordando... Eu não consigo organizar meus horários e me sinto escrava da casa: lavar, passar, cozinhar, limpar... de novo: lavar, passar, cozinha, limpar... 

Achei que a Tampinha Neguinha ia ser um up na minha vida, mas sinto que ela não vai resolver meus problemas. Aliás, estou apanhando horrores para ensinar o lugar certo do xixi... não sei como fazer isso dar certo!

Desculpe, mas estou amarga. Amarga demais. Queria sumir no mundo e ter cinco minutos de paz, só para mim. Para ficar sozinha e conseguir reorganizar minha vida, estabelecer metas, tomar aquele ar fresco que a vida precisa de vez em quando.

Ando neurótica com a violência, com roubos e furtos acontecendo a todo tempo. Não gosto de ficar acompanhando esse tipo de coisa, mas parece que as notícias pipocam na nossa cara, só para nos deixar preocupados. Sei que Deus está comigo e me guarda e me livra.. e que Ele é Deus não importa o que aconteça.

Tá vendo com estou mal? Preciso de ajuda, preciso de férias para minha cabeça e para minha alma.

Desculpe o tom deprê.


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Postagem Coletiva Junho - Projeto Escrita Criativa

Oi, tudo bem?

Finalmente, cheguei no tema do mês corrente... "Quando o quente e o frio se encontram"... Hum, sinceramente não sei o que escrever.

Mas, se começar a pensar bem e a jogar algumas ideias para Dr. Google me ajudar, acho que consigo começar a formular alguma coisa.

Existe um texto na bíblia que fala sobre a frieza humana e sobre sermos mornos:

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.”
(Apocalipse 3.15,16)

Esses versículos se encontram no livro de Apocalipse e foram endereçadas à igreja de Laodiceia. Sete igrejas receberam cartas com elogios, repreensões e ações práticas as quais elas deveriam seguir. A cidade de Laodiceia enfrentava grandes problemas com o fornecimento de água, que por sua vez para suprir a população construíram tubos conectados a uma fonte distante. Mas, no momento em que a água chegava, ela estava morna e desagradável. Diferentemente, a cidade vizinha de Hierápolis tinha fontes medicinais quentes; e outra cidade vizinha, Colossos, era saciada por meio da água fresca da montanha. Por isso a comparação do comportamento humano à temperatura da água.

Considerando o frio que está lá fora - aqui bateu 2° ontem e na capital chegou à 0° - e que presumo que todos tenhamos casa, comida, cama e roupas para nos aquecer, que tal refletirmos sobre a nosso "mornidão" (será que existe essa palavra?!) em relação ao nosso próximo?

Que tal a gente carregar um agasalho que não usa mais (mas que esteja em bom estado, pelo amor de Deus) no banco de trás do carro ou no baúzinho da moto para doar para alguém que está na rua sem roupa de frio?

Que tal a gente ter um biscoito para cachorro ou gato na bolsa para poder alimentar um pequeno na rua?

Que tal a gente pagar um lanche ou salgado praquele tiozinho que fica pedindo esmola, sentado no chão frio da calçada?

Muitas vezes, infelizmente, parecemos com os irmãos daquela cidade dos tempos bíblicos: somos muito indiferentes. Estamos nos transformando em pessoas frouxas quando o assunto é o amor ao próximo, levar o Evangelho de Cristo de forma prática e não completamente sem gosto, preguiçosos e ociosos. Não foi isso que Jesus ensinou. 

Pare de ficar se intrometendo na vida das pessoas, de ficar esquentando a conversa com comentários maldosos e vá fazer a diferença no mundo! Jogue a preguiça fora, e vá contribuir com o serviço de Cristo.

Como cristãos e seres humanos, temos que prestar atenção ao lado e não podemos ser indiferentes as necessidades de todos aqueles que estão precisando de algo, tanto fisicamente quanto espiritualmente.

Vamos ser quentes; vamos fazer o nosso quente se encontrar com o frio do mundo aí fora e fazer a diferença:

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2)


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Ela chegou!

Oi, tudo bem?

Você se lembra de quando eu tentei adotar uma cachorrinha e acabei passando por uma das experiências mais traumáticas da minha vida, né?!

Pois é... desde então, eu estou ensaiando em tentar de novo, mas sempre com receio de repetir o mesmo episódio. Adotar um cão requer muita responsabilidade; para mim, é como adotar um filho. 

O bichinho vai depender de você por alguns bons anos, vai te dar gastos, dor de cabeça e também muita alegria. E isso pesa muito, principalmente para uma pessoa tão ansiosa e perfeccionista como eu.

Apesar do trauma, continuei acompanhando as páginas de ONGs e guardiões da minha cidade, do pessoal que resgata animaizinhos de rua para adoção. E tinha visto três lindas filhotinhas fêmeas que estavam para adoação.

Mammy sempre me disse que adotar filhote era melhor, que assim a bebê já pega o jeito da casa e tal. Eu, para ser sincera, não me sentia muito à vontade com isso: parecia aqueles casais que querem adotar uma criança, mas só se for uma menina branca/loira/olhos claros de um mês de vida. O garoto negro/cabelo crespo/olhos escuros que já "passou da idade" não serve.

Ainda sim, entrei em contato com a moça mas acabei descobrindo que as bebês eram de uma cachorra bem grande e o tamanho do pai era desconhecido, porque ela escapou na rua no cio. Daí, desanimei né?! Porque meu cafofo é pequeno, com pouco espaço e esse foi um dos problemas da outra adoção porque a cachorra era bem maior do que o esperado.

Daí, enquanto perambulava pelas páginas e postagens do Facebook, me deparei com isso:

"Pessoal resgatei essa cachorrinha no meio da pista próximo ao viaduto, corria desesperada, quase foi atropelada! Desconfio que tenha sido abandonada por ali! Trouxe pra minha casa, porém um dos meus gatos não saiu debaixo da cama até agora por medo (não que ela tenha o assustado, ele é muito arisco, com minha outra gata, ela nem ligou!) por isso não tenho como deixá-la aqui mais do que essa noite! Me ajudem a encontrar um lar pra ela! Super carinhosa! Porte pequeno! Amanhã irá tomar banho e passar pelo veterinário para avaliação!"

Mandei a foto da cachorrinha para o garoto, que não foi muito com a cara dela porque era pequena e bem... digamos assim... feinha kkkk.

Mandei a foto para mammy e ela se apaixonou na hora, mas como da outra vez, disse que eu ir ver bem ao vivo porque foto engana e ela poderia ser tão grande quanto a outra.

Entrei em contato com a dona da postagem e conversamos pelo zapzap. Contei a ela tudo que passei da outra vez e fui bem honesta: queria ver a cachorrinha, mas só ia levar embora se tivesse certeza.

E lá fomos nós de novo.

Eu já tinha passado na frente da casa da moça para fazer a verificação prévia - tudo ok. Chegamos e ela ainda não estava em casa. Quando ela chegou, o "santo" bateu de cara: a menina é bem novinha, acho que mais nova que eu, veio de Sampa para cá (eu adoro o sotaque da capital) e é mais louca por animais que eu. Nos cobriu de perguntas de como a pequena iria viver e ser tratada, se fosse adotada pela gente. E pediu desculpa pela intromissão, mas tinha medo de não entregá-la em boas mãos. Ponto para ela!

Quando chegamos no quintal, a pequena estava fazendo farra com uma bolinha de lã dos gatos da guardiã. Ela não deu muita moral para gente, mas nao ficou chorando e uivando como a outra que tentamos adotar. Aos poucos, ela começou a se adaptar à gente e nós à ela. Ela era pequena como eu queria; era carinhosa como o garoto queria; e tinha bigode como eu sempre sonhei kkkk. Fui bem direta com o garoto, afinal ele não tinha gostado dela na foto. Mas ele mudou de ideia com a imagem ao vivo e .... trouxemos ela para casa.

Ela veio meio atrapalhada no carro, chorando bastante. Vai saber as experiências que ela deve ter tido em carro antes. Chegou em casa e explorou todos os ambientes: no primeiro dia, fez xixi no tapete do meu banheiro; no segundo, entrou cedo em casa desesperada e acabou escapando algumas gotinhas na nossa cama kkkk.

Aos poucos, estamos educando a pequena e pegando o jeito (estou fazendo a postagem na segunda, dia 13, mas ela chegou no dia 8 quando a postagem foi publicada). Ela tem o cantinho dela na área de serviço, que fica forrada de jornal à noite para diminuir a friagem do piso e fica toda fechada para ela não pegar corrente de ar. E, durante o dia, ela fica dentro de casa com a gente e com as portas abertas para ela aprender que banheiro é no corredor do fundo. Só ontem que escapou um xixizinho básico embaixo do aquário do garoto.

Vos apresento nossa herdeira, Tampinha Neguinha (ainda não chegamos no acordo de um nome... percebi que ela atende por Inha... então, qualquer rosquinha/pretinha/neguinha/macaquinha/baixinha/ tampinha que ela ouvir, ela vem!



domingo, 5 de junho de 2016

Postagem Coletiva Maio – Projeto Escrita Criativa

 Oi, tudo bem?

Tentando colocar as postagens coletivas em dia, lá vamos nós para o tema de maio (#atrasado) do Projeto Escrita Criativa: Um dia em silêncio.

Adorei o tema. Adorei mesmo. Porque amo ficar em silêncio. Amo a solidão. Meus melhores textos e minhas melhores ideias surgem quando estou sozinha, quando fico em silêncio e consigo refletir sobre tudo que está se passando na minha mente.

Ontem mesmo, na aula da escola bíblica que foi sobre o livro de Cantares (ou Cântico dos Cânticos, o livro mais romântico da Bíblia...leiam e confiram), o professor disse que quem ama aprecia a companhia do outro e não gosta de ficar sozinho. Discordo, discordo plenamente.

Eu amo a companhia do garoto; gosto de estar com ele e compartilhar com ele muitas coisas. Mas tem coisas que são só minhas; tem momentos que são só meus. E meu silêncio é muito valioso para ser compartilhado. Não acho que isso é egoísmo, muito menos acho que isso significa que não compartilho minha vida com ele. Só acho que é importante manter a minha identidade, o meu eu, mesmo dentro de um relacionamento.

Adoro momentos quando chego em casa sozinha, preparo minha xícara de chá e me deito na cama ou sento no sofá para ler um bom livro, ver um episódio de uma série querida, ou simplesmente ficar lá, saboreando o líquido quentinho... em silêncio!

Lógico que o mundo em volta está em silêncio, mas a minha mente está a milhão: ideias, pensamentos, textos construídos quase que por completo só no pensamento. Queria saber como os budistas conseguem atingir o tal do nirvana e esvaziar a mente completamente porque eu não consigo fazer isso mesmo! Eu estou mais para aquela cena do Comer, Rezar e Amar que ela tenta meditar e não consegue esvaziar a mente de jeito nenhum kkk

Mas só o fato do resto do mundo ao meu redor estar em silêncio já me ajuda muito. Costumava ser daquelas que se concentravam no meio de um desfile de banda marcial; acho que a idade deixou meus neurônios preguiçosos porque, ultimamente, preciso mesmo de tempo e silêncio e muita concentração para escrever ou ler. Tem uma pesquisa que fala sobre isso, sabia?! Dizem que nossa geração é a mais bem informada por causa de todo o excesso de tecnologia e acesso à informação que temos. Mas que isso nos fez também a geração que menos produziu conteúdo científico relevante para a humanidade; isso porque estamos sempre eufóricos, absorvendo um pouco de tudo e nunca muito de um pouco só e, assim, nosso conhecimento fica raso, sem profundidade.

Por isso, um dia de silêncio é tão importante e valioso.



quarta-feira, 1 de junho de 2016

Postagem Coletiva – Projeto Escrita Criativa Abril


Nossa, faz muito tempo que deixei de acompanhar as atividades do grupo... #vergonha. Mas, vou tentar me redimir e colocar em dias os últimos três meses dos temas mensais.

No mês de abril (#superatrasado), o tema foi “As mentiras que nos contam”... esse assunto dá pano para manga.

Para falar a verdade, eu não sei por onde começar. É tanta mentira que a gente escuta na política, na economia, do vizinho, do “amigo”, do parente... o ser humano tem uma tendenciazinha a contar uma lorota básica, certo?!

Podia seguir a linha de pensar qual a maior mentira que já me contaram na vida... hum, não poderia não porque daí eu ia pender a contar uma história muito pessoal da minha vida que prefiro não compartilhar aqui.

Mas, aproveitando esse gancho, posso garantir que uma mentirinha – por menor que ela seja – pode causar um efeito borboleta avassalador na vida de alguém. Falo isso por experiência própria. E depois do ocorrido, por menor que ele seja, fica muito difícil recuperar a confiança. A coisa anda, melhora e até sara: mas tudo precisa de muito, muito tempo. Nada funciona instantaneamente como é vendido na tv em alguns programas.

Seria bem mais fácil se o mundo fosse sincero, né?! Se as pessoas não ficassem de mimi por causa de qualquer coisa e acabasse, com isso, encobrindo os sentimentos e inventando mentiras. Só que a gente vive em uma sociedade hipócrita, fato. E contar uma mentirinha aqui, outra ali, por conveniência, comodidade ou simples costume, acaba sendo até aceitável.


Por isso, muitas vezes, acabo pagando um preço meio alto porque não sei ser “socialmente aceitável”, não se andar no ritmo que esse mundão anda por aí. E a sinceridade dói, machuca e é difícil de ser digerida, às vezes. Mas prefiro ficar de bem com Deus e minha consciência do que sair por aí falando o que os outros querem ouvir.