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sábado, 31 de janeiro de 2015

#OperacaoCasamento - Música

Oi, tudo bem?


Com certeza, uma das coisas mais importantes em um casamento é a música. Para dar aquele clima, para emocionar, para marcar uma entrada triunfal - no caso, a minha é claro hehehe. E por isso, estávamos tão apreensivos para fechar mais esse contrato para o nosso grande dia.

Comecei a pesquisar na Internet - e vamos combinar que Facebook é uma maravilha de ajuda para isso - e consegui alguns contatos e indicações.

Os primeiros orçamentos que chegaram em deixaram...bem...desanimada. Grupos que cobravam mais de R$ 5 mil para tocar 2 horas!!! Jura mesmo que tem gente que paga tudo isso? Eu já estava começando a pensar em gravar um cd em casa com as músicas e levar meu player para tocar na igreja kkk.

Daí, resolvemos marcar uma reunião com dois fornecedores para ver pessoalmente o trabalho.

O primeiro é da nossa cidade mesmo e nos recebeu super bem. O trabalho dele é bem legal e está fazendo bastante sucesso entre as noivas da cidade e região; está com a agenda cheia.

Agora, vamos comentar sobre a reunião... pensa naquele momento vergonha total que você não sabe onde enfiar a cara?! Sentamos em uma pequena sala - e já pagamos o mico de sentar em sofás separados, porque eu estava brava que o garoto atrasou no horário - e o cara começa "vou tocar um pouco de piano para vocês". Depois "vou tocar um violino para vocês sentirem como é". Em seguida "vou tocar sax para dar uma outra opção para vocês".

E, durante esses momentos musicais, ficamos lá: olhando pro cara, olhando para gente, olhando pro chão... o que fazer em um momento assim?! Não sabia se falava, se ficava quieta, se dava palpite. O cara perguntou se já tínhamos pensado em alguma coisa: não, não pensamos em nada. Já tivemos mil ideias, mas não marcamos nenhuma no papel. Ele foi bem compreensivo e também nos mostrou material em vídeo, mas nada a ver com o que buscamos: aquelas clarinadas para entrada da noiva - que, para mim, lembram a chegada do exército romano eca! - e algumas músicas cantadas por uma garota de 13 anos - ela até tem boa voz, mas queremos só instrumental.

Com isso tudo, fomos para a segunda reunião mais preparados. O fornecedor é de outra cidade e nos recebeu no meio do nada com coisa nenhuma - a casa dele fica muito longe mesmo. Só que, dessa vez, estávamos mais confortáveis e o garoto já chegou como o macho alfa da família falando o que queria, como queria e dando palpites e sugestões.

O segundo fornecedor é vendedor mesmo, daqueles que já está no ramo de casamentos há mais de 20 anos e sabe vender seu peixe muito bem. E é bom. E sabe que é bom. Fala um pouco demais, se acha muito demais, mas nos apresentou um material em vídeo bem mais interessante. Foi bem mais flexível com relação à escolha do repertório - podemos escolher quantas músicas novas quisermos, enquanto o primeiro só aceita até 3 músicas que não estejam no seu repertório original.

E o principal: ofereceu o sonho do garoto, o tal esperado Quinteto de Cordas. Dois violinos, violoncelo, contrabaixo acústico e piano. Mais uma super mesa de som de 36 canais e ainda a garantia que o microfone do pastor não vai pifar no meio da cerimônia - outro medo que tínhamos por causa dos problemas já visto em outras cerimônias.

Nem preciso falar né: fechamos com ele!

Agora, vamos para parte que parece interminável e indecisível: a escolha do repertório. Sabiam que precisamos de cerca de 15 músicas? Quinze músicas para uma cerimônia de 1 hora, no máximo! E eu, inocente, achando que era só a música dos padrinhos, noivo, noiva e saída... #lavamosnos.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Mesmo que nada dê certo - Begin Again

Uma cantora (Keira Knightley) se muda para Nova Iorque, mas logo após chegar no local, seu namorado americano decide terminar o relacionamento. Em plena crise, ela começa a cantar em bares, até ser descoberta por um produtor de discos (Mark Ruffalo), certo de que ela pode se tornar uma estrela.

Nesta comédia romântica, todos os personagens centrais são perdedores: Dan (Mark Ruffalo) é um produtor musical falido e pai divorciado, Gretta (Keira Knightley) levou um fora do namorado, Steve (James Corden) é um talentoso músico que vive das moedas que ganha na rua, Violet (Hailee Steinfeld) é uma adolescente pouco popular e ignorada pelos garotos da escola, sua mãe, Miriam (Catherine Keener) apostou tudo em uma paixão fugaz que não vingou. Mas ao contrário das grandes comédias de Hollywood, a ideia não é fazer com que se tornem famosos e vencedores, e sim garantir que encontrem satisfação na vida que têm.  

O roteiro sabe trabalhar cuidadosamente com o seu grupo de artistas idealistas. São indivíduos politizados, defensores de utopias sociais, do tipo que dificilmente frequenta uma comédia romântica. Mas o diretor John Carney tem grande ternura por esses sonhadores, e nunca os trata como ingênuos. 

A estrutura pode tender ao romance e ao melodrama, mas evita sabiamente esses dois caminhos. As transformações são mínimas, internas, e dessa intimidade nasce o valor do filme.

A trama torna-se ainda mais corajosa por defender uma postura contrária ao sistema, aos artistas que se vendem por dinheiro. Depois de tantas pequenas subversões do gênero, a conclusão é ainda mais surpreendente e emocionante, talvez a única capaz de honrar a integridade artística e emocional dos personagens.

O filme é adorável, as relações são plausíveis e os adultos em cena são muito mais complexos do que a maioria dos mocinhos e mocinhas de comédias dramáticas ou românticas. É um daqueles filmes raros, romances agridoces, que ousam tratar os seus personagens como gente de carne e osso.


A ligação entre os personagens é o que torna o filme possível: as canções do longa convencem por sua qualidade e seus atores convencem como músicos.

Claro que não vou contar o final aqui, mas garanto que não é nada óbvio, faz todo o sentido e te deixa com um gostinho de quero-mais.

sábado, 23 de novembro de 2013

Educação, por favor!

Oi, tudo bem?

Gente culta é outra coisa, né?! E conviver com gente educada é a melhor coisa do mundo! Não estou falando de estudo em si: não é porque o cara é PHd em alguma coisa que ele não pode ser um total porre de pessoa (se bem que eu nunca vi gente muito inteligente ser sem-educação... se existir, por favor não me apresente!).

Há umas duas semanas atrás, eu e mammy resolvemos ir numa apresentação de ballet que ia ter no teatro da cidade. O festival era de uma escola de educação infantil e fundamental da cidade que atende pessoas, digamos assim, mais "simples" (outra coisa: falta de dinheiro também não faz a pessoa mais ou menos educada...mas, algumas vezes, as coisas coincidem como foi o caso desse dia).

Estamos acostumadas a frequentar esse tipo de evento que costuma ser muito relaxante: música, dança, teatro...a nossa versão do céu. Mas nesse dia, o teatro estava mais para a sala de espera do inferno.

O local estava extremamente lotado, insuportavelmente quente. E, como diria Caco Antibes, a Creuza estava de bermuda de cotton e bata de viscose, guardando lugar para 25 pessoas da família, incluindo a mãe da Kathelene que ia dançar e foi lá atrás arrumar a menina.

Conclusão: não tinha um santo lugar para sentar, nem no corredor. Saí do teatro para tentar ver se tinha cadeiras extras para pegar porque vi um monte de gente subindo com umas cadeiras de "prástico" brancas. As tais cadeiras, na verdade, estavam lá na frente do palco com uma plaquinha de "reservado para equipe técnica", mas quem disse que o povo respeita "praca"?!

Enquanto isso, mammy ficou em pé, no fundo do teatro esperando eu voltar. E foi quando ela estressou e resolveu vir embora. Porque tinha uma senhora bem idosa do lado dela, que também estava procurando lugar pra sentar, e começou a passar mal por causa do calor. "Ai, não tem lugar e eu não boa". A Creuza, sentada em berço esplêndido entre 6 lugares "guardados" para família, olhou a cena e fez cara de paisagem. E daí, mammy estressou e preferiu vir embora e não ver o ballet, a ter que ficar presenciando esse tipo de cena e ser obrigada a brigar com alguém.

Contei tudo isso porque, no último final de semana, uma grande amiga minha chamou a gente para assistir um festival de música de uma escola da cidade. Escola tradicional, com mais de 100 anos de funcionamento e uma mensalidade, digamos, bem alta para maioria das pessoas. Mammy nem quis ir: estava com sono, cansada da semana e meio traumatizada do último evento. O garoto, apesar de cansaço também, topou ir comigo.

Que diferença!

O teatro também estava cheio, mas dentro da sua capacidade. A organização do evento - muito cuidadosa por sinal, - cuidou de abrir janelas e ligar todos os ventiladores e não exagerou na iluminação do local para não criar aquele "efeito estufa". A apresentação começou pontualmente e nem vimos a hora passar. As pessoas faziam silêncio durante as músicas para todo mundo conseguir realmente apreciar o concerto. Quanta diferença!


Por isso, fica a dica: seja sempre educado, sendo rico ou pobre, estudado ou analfabeto. Educação vem de berço e não tem coisa melhor nesse mundo do que falar com alguém que usa e conhece bem as três palavrinhas mágicas: por favor, obrigada, com licença.