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domingo, 5 de julho de 2015

Divertida mente - o que tem dentro da sua cabeça?

Oi, tudo bem?


Óbvio que como boa fã de animações que sou, eu tinha a obrigação de ir ver Divertida Mente no cinemas. Preferi deixar os amarelinhos Minions de lado e fui conferir as aventuras de Alegria, Raiva, Nojinho, Medo e TRISTEZA... a minha favorita desde já.

Steve Jobs teria orgulho da Pixar - eles conseguiram de novo. Segundo o que li, nenhum outro filme exibido no Festival de Cannes foi tão aplaudido após a sessão quanto a animação.


A história gira em torno da garota Riley e sua mente desde o nascimento até a entrada da adolescência. Conhecemos a Alegria, depois de 33 segundos conhecemos a TRISTEZA e assim os sentimentos vão sendo apresentados conforme as situações da vida da garota. Afinal, ela só tem 11 anos, o que pode dar errado?

Só que aí vem a mudança de casa, de cidade, de amigos, de escola e - pra ajudar - Alegria e TRISTEZA se metem em uma encrenca que vão parar fora da sala de controle da mente da garota. E assim começa a aventura.


Tive que copiar parte da crítica do Adorocinema que foi a melhor pra mim a respeito do filme:



"Na verdade, há muito de psicologia em Divertida Mente. Vários são os conceitos adaptados nesta grande alegoria emocional, como o porquê de se esquecer fatos antigos de sua vida, o que define sua personalidade, questões do inconsciente, a formação dos sonhos (em uma hilária associação!) e até mesmo depressão. Sim, depressão! Por mais que o mal do século jamais seja citado nominalmente no longa-metragem, ele é claramente apresentado e explicado, dentro do contexto do filme. Mais ainda: Divertida Mente evita a vilanização da tristeza e oferece uma mensagem bastante importante sobre como lidar com ela em seu cotidiano, ao invés de afugentá-la a qualquer custo – o que, se for analisar mais à fundo, ainda por cima é uma crítica indireta à indústria de antidepressivos e remédios do tipo, que tentam retrair as emoções para que a vida seja mais “controlável”. Chorar, como o filme tão bem demonstra, às vezes é necessário – e Divertida Mente traz momentos em que realmente te leva às lágrimas."

Eu tenho que admitir que me apaixonei pela TRISTEZA desde o começo do filme. Primeiro porque me achei parecida com ela mesmo: de óculos, baixinha, de blusinha com gola rulê.


O filme é extremamente inteligente e cheio de sacadas que são hilárias para crianças mas soam de forma brilhante para adultos. A beleza estética do filme também é incrível e os diálogos são memoráveis:

"...Alegria, você vai se perder..."
"Pense positivo"
"Tudo bem. Positivamente, penso que vai se perder".


Segundo vi em outra resenha, um dos criadores do filme escreveu a história vendo sua filha entrar na adolescência: ela sempre foi uma criança feliz e, de repente, entrou na pré-adolescência e começou a ficar pelos cantos, amuada. Ele se perguntava: 'o que aconteceu com a minha garota?'.

É muito bom ver que ficar triste é válido e muitas vezes essa sensação acaba trazendo coisas boas em seguida - tem que ver o filme para entender. O processo de tristeza, de desabafo é importante porque temos que  passar um pouco por aquilo para ajudar no processo de crescimento e em nosso equilíbrio.


Os outros sentimentos também são muito bem desenvolvidos e é interessante ver que cada cabeça tem um chefe: a da garotinha é a Alegria; da mãe é a Tristeza, do pai é a Raiva - isso já dá para ver no trailer, não é spoiler.

Super-mega-plus recomendo o filme!!!São tantos detalhes e tantas sacadas de gênio que tem que ver para entender. Não perca tempo e corra para o cinema!!!